quinta-feira, 20 de maio de 2010

“Brasas de um transe”



Brasas de um transe
(Por Árthur Moreira 20/05/2010)

Um café,um cigarro ,uma palavra.
Mais um cigarro outra palavra, um cigarro enfim o café...
Respiro
No cinzeiro deixo apenas a brasa de mais um tumor que apago em meio a outros tragos.
Respiro...
Reclino na cadeira e olho para o teto,distante.
Por entre os mofos vejo formas que me trazem o teto pra perto e ao mesmo tempo levam minha mente para longe.
Um café...
Reparo que a xícara está vazia mas o maço está cheio ,acendo a brasa de mais um tumor e trago,dessa vez olhando para cima disseminando
meus pensamentos dissipados em meio a fumaça.
Reflito...
Escrevo com o pensamento no teto o que minha razão não consegue transcrever com as palavras.
Pensamentos dispersos ,voam livres ao vento por não se prenderem a versos,talvez agora eu os entenda...
Fecho meus olhos...
Rapidamente desperto ,o cigarro apagado ,a brasa ardendo em minha perna ,as cinzas se espalham ao afoito reflexo de minhas mãos ao querer livrar-me daquelas...
Relaxo...
Um breve rompante que me tira o transe.
E então reflito...

2 comentários:

  1. Cara, incrível! Gostei muito! O mais incrível é como você escreve as coisas e eu me identifico com elas...coisa louca. Já te disse isso, muito das suas reflexões são as minhas também, mas vc coloca isso de uma forma só sua. Parabéns de novo. Quando vc leu esse texto pra mim por telefone... foi sinistro...

    ResponderExcluir