domingo, 26 de junho de 2011

"Preciso aprender"

Tem sido tempos difíceis, vivemos em tempos diferentes agora mas todos partilhamos do mesmo tempo... esse verso é o que nos resta.

"Dor, sofrimento, orgulho, angústia, desespero, traumas, depressão, infelicidade, ódio, ressentimento, raiva, tristeza, magoa, arrependimento... 
Tudo isso torna a vida o que é.
Fugir disso é fugir da vida, fugir da realidade.
Enfrentar isso é o que nos faz viver,
Superar isso depende de nós.
Não tenho medo de sofrer,
Tenho medo de ser ignorante uma vida toda.
Aprenda"

Esse é nosso tempo o tempo de sermos sempre um só.

Árthur Moreira 26/06/2011


segunda-feira, 31 de maio de 2010

Despertar da Hipnose Mundana



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Minha mente propaga a magoa que a fala cala
Translúcida fantasia que meus sonhos embala
Secretos mitos, ritos aflitos, constritos contidos em conflitos comigo

Atenuante alucinógeno, psicótico andrógeno
Voraz flagelo, desmazelo ingênuo
Fuga que mata

Encerra a elétrica conexão nervosa
Enterra o pranto no defunto
Em terra fertilizada por morte
Sepulta o córtex na cripta psíquica
Alma padece, necrose moral

Apático, atônito, abismal abissal boçal
Entre rochas de paralelos da selva de pedras
Canibais soltos a relva de arranha-céus
Entre o céu e o inferno carnificina social
Diabólica trama divina do cotidiano humano

Evolução subjetiva, progresso transgressivo de ser
Padronização da essência ditada pela mídia
Privatização da personalidade por hoites capitalistas
Finalmente a loucura, niilismo puro,tudo não tem sentido
Por que se privar de ser quem é?!

Minha mente propaga a magoa que a fala cala
Translúcida fantasia que meus sonhos embala
Secretos mitos, ritos aflitos, constritos contidos em conflitos comigo

Despertar da hipnose mundana





(Por Árthur Moreira 29/05/2010)

sábado, 29 de maio de 2010

Ode ao burguês -Mario de Andrade (Minha apresentação na X Mostra Minimalista de teatro em Petrópolis)


Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de "São Paulo"!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos;
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os "Printemps" com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
"–Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
–Um colar... –Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!"

Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burgês!...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

“De mãos dadas consigo”


De mãos dadas consigo
(Por Árthur Moreira 21/05/2010)

Ando pelas ruas vendo as árvores jovens de aparência frágil porém já folhosas em uma tarde bucólica e nublada do mês de maio.

Não há muita visibilidade a minha frente e isso me prende a refletir meus pensamentos em meio a neblina de maneira que esta cria uma gama de caminhos ao refletir o que reflito.

Me sinto a vontade ,caminhando em meu próprio mundo com traços translúcidos de realidade.

Vejo rostos familiares surgirem e se dissiparem nas nevoas que se dissolvem com o vento e sinto o toque da nostalgia.

A mente se funde às sensações ,imaginação com a realidade,o tempo ao espaço ,e tudo é um só momento,meu momento.

Me fascino ao perceber que muitas vezes não somos um só com nós mesmos ao sentir-me um só comigo mesmo,e me entrego

Finalmente entregue a mim, finalmente entregue ao que sou.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

“Brasas de um transe”



Brasas de um transe
(Por Árthur Moreira 20/05/2010)

Um café,um cigarro ,uma palavra.
Mais um cigarro outra palavra, um cigarro enfim o café...
Respiro
No cinzeiro deixo apenas a brasa de mais um tumor que apago em meio a outros tragos.
Respiro...
Reclino na cadeira e olho para o teto,distante.
Por entre os mofos vejo formas que me trazem o teto pra perto e ao mesmo tempo levam minha mente para longe.
Um café...
Reparo que a xícara está vazia mas o maço está cheio ,acendo a brasa de mais um tumor e trago,dessa vez olhando para cima disseminando
meus pensamentos dissipados em meio a fumaça.
Reflito...
Escrevo com o pensamento no teto o que minha razão não consegue transcrever com as palavras.
Pensamentos dispersos ,voam livres ao vento por não se prenderem a versos,talvez agora eu os entenda...
Fecho meus olhos...
Rapidamente desperto ,o cigarro apagado ,a brasa ardendo em minha perna ,as cinzas se espalham ao afoito reflexo de minhas mãos ao querer livrar-me daquelas...
Relaxo...
Um breve rompante que me tira o transe.
E então reflito...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Virgindade


Agora eu entendo que não era apenas sexo,era amor sim,e como não haveria de ser ,se existia de maneira tão forte dentro de mim.
Ah como eu quis ,quis mais do que tudo no mundo sentir que em sua alma também havia mesma marca que a marcava na minha; e que maior marca seria senão a virgindade ?O que nós carregamos de mais puro .Mesmo depois da primeira vez quem novamente se entrega com amor e sinceridade estará também entregando sua virgindade,virgindade é se entregar por amor e por completo ,é quando temos o privilégio de desfrutar com o outro amado toda essa divina sensação de amar ,repleta de entusiasmo à vida ao saber que seu amor não é um só. Isso é virgindade ,é saber que seu amor não é um só,é a maior marca que se pode ter de alguém, saber que esse alguém também foi marcado pelo mesmo amor.

(Por Árthur Moreira)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Nada nos pertence,tudo é passageiro,a vida se transforma


v>Nada nos pertence,tudo é passageiro,a vida se transforma
(por Árthur Moreira 04/05/2010)

É fascinante refletir a respeito dessas tres frases e ver como elas estão completamente ligadas entre si ,em um ciclo continuo e codependente de existência(ouroboros) …
Para que a vida se transforme e nós amadureçamos ,precisamos nos libertar da cadeia viciosa em que vivemos, de que para sermos completos precisamos construir algum patrimônio ;construir é importante,faz parte do aprendizado ,da transformação,construir a índole,o caráter ,a personalidade,construir relacionamentos ,mas é importante deixar que as coisas fluam e sigam seu ciclo natural,sem querer forçar esse processo ,paciência é essencial para a transformação ,a impulsividade nos lança ao impensado que pode ser desastroso ,não confundir impulsividade com intuição ,a intuição é de grande valia quando bem estudada e analisada antes de ser posta na balança.
Nada nos pertence,é nosso apenas o que somos ,entender isso é necessário para que haja liberdade em nossas vidas,para que assim tudo passe de maneira mais leve e se transforme de maneira mais plena.

“É bom dar quando alguém pede,mas é melhor ainda poder entregar tudo a quem nada pediu” (poeta árabe ; Khalil Gibran)

“E o maior mérito não é daquele que oferece ,mas do que recebe sem se sentir devedor. O homem dá pouco quando dispõe apenas dos bens materiais que possui; mas dá muito quando entrega a si mesmo”
(poeta árabe ; Khalil Gibran)